Entenda como está um dos mercados mais lucrativos, suas altas e baixas no decorrer dos anos e como o investidor pode ganhar esse ano de 2022.
No início de 2020, o mercado imobiliário vivia um cenário que tinha tudo para marcar o início de uma era promissora. No entanto, com a chegada e expansão do coronavírus pelo Brasil, muitos setores da economia tiveram suas atividades paralisadas.
Mas, na contramão dessas limitações, o mercado imobiliário tem se mostrado um dos poucos que estão otimistas para este ano e os sinais de recuperação já são percebidos desde o final do segundo trimestre do ano passado.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), 2020 registrou um crescimento de 57,5% nos valores financiados em comparação com o ano anterior. Já os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revelaram um aumento de 27,1% das vendas de imóveis no primeiro trimestre de 2021 quando comparados ao mesmo período de 2020.
O mercado já passou por fases ruins antes
O mercado imobiliário enfrentou uma severa recessão entre os anos de 2014 e 2018. Em 2019, segundo o IBGE, o mercado cresceu 0,3%, sinalizando o fim da recessão. No primeiro trimestre de 2020, mesmo com a pandemia, a venda de apartamentos novos registrou alta de 26,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já no segundo trimestre de 2020 o crescimento foi de 10,5%. Em 2021, o mercado imobiliário continua em alta, atendendo uma demanda reprimida.
Quais são as tendências do mercado imobiliário para 2022?
Alguns economistas defendem que poderemos viver um novo boom imobiliário e é fácil entender o motivo: em 2014, a taxa SELIC estava em 14,5% ao ano. Quem comprou um imóvel no valor de R$ 500 mil, financiado em 18 anos naquela época, assumiu uma prestação mensal de R$ 6 mil. Com a queda da SELIC, esse mesmo imóvel está sendo comprado com parcelas próximas a R$ 3,5 mil.
Os juros médios do financiamento habitacional estão em 6% ao ano, fazendo com que essa seja a linha de crédito mais barata do Brasil atualmente.
Qual é o potencial de ganho para o investidor no mercado imobiliário?
Com as taxas praticadas no crédito imobiliário na casa de um dígito, a valorização potencial de um imóvel novo pode até superar o custo do empréstimo. É uma situação que pode se tornar vantajosa ao investidor que administrar o preço do financiamento e a venda do imóvel num período de até seis anos.
Incorporadoras, analistas de mercado e pesquisadores de tendências apontam que os imóveis novos devem manter um bom ritmo em 2022. Isso ocorrerá por uma única razão: o estoque de imóveis prontos acabou ou está muito baixo.
A crença do setor é que não vai faltar financiamentos para quem quer construir ou para quem quer comprar um imóvel. Segundo o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), as cadernetas de poupança estão abarrotadas e, por isso, as instituições financeiras estão com muitos recursos.
O mercado de imóveis de alto padrão deve continuar aquecido
Anualmente, há cerca de 1,4 milhão de mudanças familiares, sejam na forma de casamentos ou divórcios. Essas pessoas geralmente optam por apartamentos de 2 dormitórios na faixa de R$ 250 mil a R$ 350 mil.
No entanto, os imóveis de até R$ 750 mil venderam muito bem em 2020. O mesmo aconteceu com os imóveis entre R$ 900 mil e R$ 1,5 milhão, que são designados como de “alto padrão”.
As estimativas dos analistas são bem otimistas. No entanto, existem algumas ressalvas sobre essas projeções: o mercado imobiliário possui características peculiares e o comportamento dos preços depende de muitas variáveis. Ainda assim, ao que tudo indica, investir em imóveis será um excelente negócio pelo menos até 2022.
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